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Pesquisa confirma que café ajudou o brasileiro a enfrentar dias de pandemia

Quem tomou mais café durante o período de distanciamento social levanta a mão? A bebida que sempre foi apreciada pelos brasileiros, foi ainda mais consumida nesta fase da pandemia. É o que revela uma pesquisa da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), realizada em parceria com o Instituto Axxus.

O estudo levantou as percepções, opiniões, preferências dos consumidores em relação ao consumo do café e procurou detectar possíveis mudanças nos hábitos de compra e de consumo decorrentes da pandemia, entre 2020 e 2021. 

Os números coletados e analisados pelo estudo trazem informações importantes:   56% dos entrevistados afirmaram gostar muito de café, um aumento de 3% em relação ao último mapeamento, realizado em 2019. 23% declararam que gostam, 16% que gostam moderadamente e apenas 0,5% dizem não gostar da bebida.

O consumo diário de café em relação ao ano base de fato cresceu. O panorama é o seguinte:  30% dos entrevistados disseram que bebem mais de seis xícaras por dia, enquanto 45% tomam entre três e cinco. 10% afirmam beber até duas xícaras e 12% até uma. O relatório mostra que houve uma redução de 5% no número de pessoas que declararam não consumir café.
Mas, por que o brasileiro tomou mais café neste período? As respostas mais repetidas pelos participantes da pesquisa foram que uma xícara de café trouxe “sensação de conforto” e foi “aliada nos dias de confinamento”.  
 
A direção da ABIC considerou os dados como uma prova do valor afetivo e a grande relevância econômica do produto café, sinalizando que a pesquisa traz referenciais importantes que impulsionam o setor investir cada vez mais num trabalho direcionado para entregar um café de qualidade aos pontos de venda.

Para a diretora do Grupo Utam, Ana Carolina Soares de Carvalho, os dados coletados apontam uma percepção que a indústria de café teve logo na primeira fase da pandemia e foi se confirmando ao longo do período analisado. “Com as pessoas isoladas em casa, detectamos que as vendas aumentaram em cerca de 5% nos 6 primeiros meses de pandemia com relação ao mesmo período do ano anterior”, afirma a executiva.

A pesquisa também revela que grande parte do público consumidor de café redescobriu o gosto pelo produto e se sentiu motivada a experimentar as suas variedades de sabor e aroma, bem como em testar novas formas de preparo, o que também contribuiu para o aumento do consumo dentro de casa.

Ana Carolina diz que o estudo traz dados importantes, indicativos para as diretrizes futuras do setor e comenta que o café está associado aos hábitos e costumes brasileiros, sendo um importante traço cultural enraizado ao consumo alimentar. 

A diretora lembra que são inúmeros os registros que sinalizam o potencial sensorial do café. Ela destaca que a bebida simboliza várias situações que ficam na memória afetiva das pessoas, como uma pausa no dia a dia, momentos de encontros entre as pessoas, além de que representa instantes de reflexão. “Todos estes atributos estão embutidos numa xícara de café e, durante a pandemia, o que percebemos é que as pessoas aproveitaram a bebida como forma de se conectarem com boas lembranças e também como possibilidade de ganharem uma força extra para o enfrentamento de toda carga emocional difícil que o período nos trouxe – tal como um elixir. Para nós ficou claro este componente de motivação que uma xícara de café proporciona”.
Perfil dos entrevistados

Foram entrevistadas 4.200 pessoas, sendo 1.890 homens (45%) e 2.310 mulheres (55%). As classes D e E representam 56,4%, a classe C corresponde a 27%, a B reflete 13,6% e a classe A abrange 3% dos entrevistados. A estratificação por faixa etária é: 21% até 14 anos, 16% entre 15 e 24 anos, 24% entre 25 e 39 anos, 20% na faixa de 40 e 54 anos, 13% contempla dos 55 e 69 anos e 6% acima de 70 anos. 

Confira mais dados da pesquisa no portal ABIC: https://bit.ly/3mkB4oo

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