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Pesquisa descobre café sabor mentolado

28 de dezembro de 2015
Para quem é fã de sabores de café diferenciados, uma boa notícia: cientistas de São Paulo descobriram que é possível encontrar na natureza cafés mentolados. A pesquisa vem sendo divulgada pelo Instituto Agronômico (IAC), através do Programa de Cafés Especiais que desenvolve estudos relacionados à melhoria da qualidade do café, com ênfase à identificação de cultivos do tipo Coffea Arabica e perfil sensorial diferenciado.
O estudo mostrou ainda que além do café mentolado, existem cafés com gosto de alecrim, eucalipto, hortelã e especiarias, que permitem uma reconfiguração dos cafezais à indústria. Durante pesquisas recentes, os degustadores profissionais ficaram impressionados e surpresos com os “novos” aromas. Os próprios especialistas não conheciam cafés com esses sabores. Para que cheguem aos consumidores, no entanto, devem ser necessários alguns anos ainda.
As sementes são de plantas de cafés arábicas selvagens, ou seja, que tiveram suas características formadas e preservadas pela própria natureza. Também podem ser alcançadas por meio do cruzamento de cultivares específicos. Trata-se de “cultivares elite com alguns acessos que fazem parte do germoplasma de Coffea spp mantido pelo Instituto”, divulgou o IAC.
Hoje, a cafeicultura brasileira usa largamente as sementes desenvolvidas pelo instituto. O IAC estima que sua participação seja de 90%. Gerson Silva Giomo, especialista em tecnologia de processamento e qualidade que coordena o projeto, conta que “houve confirmação de que realmente existem cafés com perfil sensorial bastante diferenciado dos cafés tradicionalmente cultivados no Brasil”. A descoberta mostra que o foco das pesquisas não é mais só o volume, mas também a qualidade.
Ele diz que ainda é muito cedo para falar de seleção e multiplicação dessas cultivares. “É um processo de alta complexidade que se executa em longo prazo. Os testes em campo deverão contemplar diversos ambientes de produção e diferentes formas de processamento.” As sementes terão de atingir padrões técnicos para se tornarem cultivares do IAC.
Fonte: ABIC/ Adaptado por Verbo Nostro Comunicação Planejada
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